quarta-feira, 29 de outubro de 2008

Festival de Capoeira Infantil Malta da Serra


...Sem tempo estes últimos dias ( haja capoeira rolando à partir de novembro!!) para apresentar o Projeto Capoeira é Nossa Cor.

...Ainda assim, precisamos divulgar nosso Festival de Capoeira, do qual este Projeto fará parte! Aí está nosso cartaz. Contamos com a presença de queridos amigos por lá. Contamos com o apoio das instituições responsáveis pelo Edital Capoeira Viva 2007!

terça-feira, 21 de outubro de 2008

Sobre o Grupo


“...Eram três maltas, eu me lembro bem: a malta da Serra, a malta da Savassi e a malta do São Bento”...
Em uma conversa, Mestre Paulão (Suíça) relembrou os diferentes grupos (dentro de um grupo) que freqüentavam e faziam a história da Academia de capoeira localizada à rua Carangola/ 44, em Belo Horizonte/MG. Percebemos que ali naquele comentário estava um fundamento em que deveríamos acreditar e fazer crescer. Surgiu a Malta da Serra. Resultado da nossa volta do mundo.
Fundamento é princípio, é ter um ponto de partida, é poder manter e desenvolver uma cultura com respeito e inovação, reverenciando sempre a ancestralidade, o que veio antes para que pudéssemos chegar até aqui
As Maltas eram grupos de capoeiras que tiveram seu auge na segunda metade do século XIX. Ficaram famosas no Rio de Janeiro, mas existiram na Bahia também. As maltas amendrontavam a sociedade e, principalmente, a polícia, em violentos confrontos. Houveram várias maltas. No período da Proclamação da República, haviam duas famosas maltas: os Nagoas e os Guaimums. A realidade das maltas foi repleta de violência, porém, para os capoeiristas, ela também foi e é símbolo de união e de identidade, pois seus membros utilizavam cores, vestimentas, instrumentos, ferramentas, assobios e outros códigos para se comunicarem, demonstrando o forte sentido de pertencimento a um grupo, do qual aqueles velhos capoeiras precisaram para sobreviver em um Brasil de (já) poucas chances. É neste sentido que homenageamos as valentes maltas de outrora.
A Serra é símbolo de muita coisa: desde sua referência às serras, as montanhas, onde se construíam quilombos e se refugiavam escravos fugidos na luta e resistência à escravidão, até o local de nascimento, residência e espaço de prática de capoeira do orientador do grupo: Luciano. Na Serra ( bairro de Belo Horizonte que abriga o hoje chamado Aglomerado da Serra, coletivo de diversas vilas), Luciano e uma boa turma treinaram, viveram e ensinaram a capoeira que aprendiam na já citada Academia de Capoeira do Mestre Mão Branca, onde Mestre Paulão conduzia um projeto para ‘meninos carentes’.
Na Serra diversas histórias e personagens que merecem uma atenção maior da nossa parte, colaboraram na educação dada pela capoeira à esses meninos. Meninos que hoje são homens, bons capoeiristas e educadores.
Em homenagem às serras dos quilombos e ao Morro da Serra e sua galera, escolhe-se este nome para batizar este momento tão capoeira: momento de fim, de começo, de inovar, de recordar, de altos e baixos, de sim e de não, como aliás deve ser, o caminho de todo capoeirista. Buscando sempre a consciência de que à partir de um trabalho sólido e bem fundamentado, outros bons trabalhos possam surgir e assim por diante.
AXÉ para todos!
Texto lido em 20-10-2007: Fundação do Grupo Malta da Serra

segunda-feira, 20 de outubro de 2008

Apresentando

Somos o Grupo de Capoeira Malta da Serra de Lauro de Freitas, área Metropolitana de Salvador, aqui na bela Bahia!

Somos Luciano, Lilu, Jú e Ana, uma família-capoeira, e dividimos nosso cotidiano com os participantes dos lugares em que atuamos: escola Vila Alegria, CEP: Centro Educacional Paraíso, escola Acalento, escola Vila Criar, escola Nova Era, escola Gury e academia Trianon no Vilas Tênis Clube. Aulas na praça no centro de Lauro de Freitas também acontecem, abertas à comunidade. Quinzenalmente realizamos nossa roda nesta mesma praça e algumas vezes na praia.

Somos gratos aos nossos pais: Expedito, Graça, Luiz e Lúcia, ouro de mina, em tempos de falta de ouro!

Somos gratos aos capoeiras antepassados, responsáveis pela resistência e chegada da capoeira até nós!

Somos gratos ao Mestre Mão Branca que foi parte de nossa formação por muito tempo. Principalmente, no tempo da vivência de capoeira em Minas Gerais. Começo de tudo.

Somos gratos a todos os nossos companheiros de capoeira, complicado citar nomes...Vamos citando ao longo do tempo!

Somos gratos e profundamente inspirados por:
Mestre Lua e Marijô, que além do enorme coração de capoeira, são exemplo de atitude de vida!
Mestre Olavo, pela expressão do 'peso de um cantador'!
Mestre Nenel ( claro que à galera da Fumeb também!), pela capoeira bem fundamentada na alegria, união e solidariedade ( na 'marvadeza', também, é claro!) . Dedicação de uma vida ao legado de seu Bimba!
Mestre Cafuné, pela amizade e sua juventude do alto de seus 70 anos!

A estes, devemos a sensação de bem querer que experimentamos a cada encontro! Sem mencionar a diversidade de 'capoeira de qualidade' que temos o privilégio de ver, ouvir, jogar, tocar e...Aprender!!

Somos, enfim, gratos a Deus, Jah, Olorum, Tupã, essa entidade maior que em nossa opinião se expressa da melhor forma pelo TEMPO, e que faz a gente se sentir pequeno e por isso ter o coração aberto e preparado pra aprender a capoeira!

"Maior é Deus,
Pequeno sou eu!"

CHEGANDO

Imagem em um muro do Centro Histórico de Salvador
...Diz uma cantiga de capoeira:

"Chego na roda

Com o meu terno branco, (apesar de sem terno, somos adeptos do jogar de branco...)

Tiro o meu chapéu, (chapéu, de vez em quando, a gente usa!)

O mestre vou salvando!" (Isso sempre.Essa parte da tradição não pode deixar de exisitir!)

E é assim que nos sentimos ao iniciar um Blog relatando e registrando nossa caminhada pela capoeira: Salvamos/Saudamos a todos que passem por aqui, buscando sempre a elegância que um bom capoeira deve ter ao 'chegar' em uma roda.
Grande roda de informações que acabou ganhando nome de rede, em inglês, a net...

Então, chegamos também. Para participar. Para que a gente mesmo, enquanto grupo, possa acompanhar o trabalho que estamos fazendo, o caminho que estamos trilhando, o som que estamos soando. Entender as coisas melhor...Pois como disse um bom capoeirista há algum tempo atrás:" O bom de fazer capoeira é que a gente é artista e público".

Muito obrigado pela sua visita!
Grupo de Capoeira Malta da Serra