Em 15/11/ 2008, marcamos a nossa primeira oficina de fabricação de berimbau sob o comando de Mestre Olavo da Bahia. Na semana anterior, preparamos as ferramentas e as matérias primas para essa atividade. Entre biribas, cabaças, serrotes, facas, lixas, facões, pirógrafo, cacos de vidro, tintas, verniz, pincéis, barbantes, pedaços de couro, pregos e martelos, fomos presenteados com os ensinamentos de Mestre Olavo durante a compra deste material e elaboração da oficina. 'Passeamos' Taboão, Baixa dos Sapateiros e Sete Portas adentro, para encontrar o melhor preço, a melhor qualidade...
As biribas e as cabaças vieram da região de Cachoeira e nos deram a sensação de que o processo de colheita e comercialização delas deveriam/deve ser melhor compreendido e melhor acompanhado por nós, capoeiristas. Quanto saber guarda o plantio e a colheita de uma biriba... Será que valorizamos isso direito??
Percebemos um certo 'comércio desenfreado' destas biribas .. Será que necessário?
...Questionamentos para, quem sabe(?), um outro Capoeira Viva...
Enquanto isso, em encontros movidos a suco de maracujá e pipoca, meninas do Projeto conheciam, através de pesquisa de cantigas sobre o berimbau, um pouco mais sobre o universo musical que permeia a capoeira. Descobriram que desde de antigamente até hoje, o berimbau e as madeiras de lei (não só a biriba, mas outras madeiras que servem para fazer berimbau: pau pereira, jequitibá, pindombê, etc) são muito homenageados em forma de cantigas na roda de capoeira. Vamos cuidar bem desse 'ouro'!
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